O companheiro anárquico Alfredo Cospito segue em uma batalha contra o regime de isolamento 41bis, mantendo sua greve de fome iniciada em 20 de outubro de 2022. Nega a alimentação forçada e a visita de psiquiatras. Segue ingerindo apenas água, sal e açúcar, como modo de manter a hidratação mínima de seu corpo. Sua situação de saúde está cada vez mais crítica, porém ele se mantém corajosamente irredutível.
Em simultâneo, as ações em solidariedade se espalham por distintos territórios. Das mais contundentes, com fogo e estampidos, até atos em frente a embaixadas e consulados, faixas, cartazes e pixações. Piscadelas de cumplicidade insurrecta, que não reconhecem fronteiras. Mesmo assim, parecem ser insuficientes para tirar nosso companheiro do detestável regime de isolamento.
Nos chegam notícias de que ontem, dia 9 de fevereiro de 2023, o Ministro italiano da Justiça Carlo Nordio rejeitou o pedido de revogação do 41bis feito por Flavio Rossi Albertini, advogado de defesa de Cospito. Em outras palavras, isso significa dizer que o Estado italiano prefere que nosso companheiro morra. Rossi Albertini afirmou em uma coletiva de imprensa realizada logo após a publicação da decisão judicial que, ao saber, Cospito respondeu: “obrigado, eu já esperava. (…) Eles decidiram me enterrar dentro deste sarcófago de concreto”.
Pela lei italiana, a defesa de Cospito tem agora até 20 dias para apresentar um recurso. Enquanto isso, segue valendo a decisão da então ministra Marta Cartabia, que estipulou, em 4 de maio de 2022, a aplicação do regime de isolamento contra ele por 4 anos.
Se nada for feito para reverter a situação de Cospito, os danos podem ser irreversíveis. Seguimos acompanhando atentxs o desenrolar das notícias. É preciso urgentemente tirar nosso companheiro do 41bis. Solidariedade é mais do que palavra escrita.