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Novo informe sobre a greve de fome dos presos transferidos para a cárcere chilena de Rancagua

Na terça-feira, 8 de junho, mais de 40 presos transferidos da Cárcere de Alta Segurança de Santiago para a prisão de Rancagua começaram uma mobilização e greve de fome contra o inaceitável regime de isolamento e incomunicação aos quais o Estado quer submetê-los. Entre aqueles que levantam essa nova luta contra a maquinaria carcerária se encontram os companheiros presos subversivos e anarquistas junto a todo universo restante de presos sociais.

No decorrer desses dias, diferentes gestos de apoio e solidariedade anticarcerária se fizeram presentes. Entre eles, vale mencionar a manifestação massiva realizada na sexta, dia 11, na Praça Ñuñoa, assim como a manifestação realizada em frente a prisão de Rancagua na última segunda-feira, quando os presos receberam o gesto solidário com trocas de gritos e saudações fraternas, tudo isso frente aos rostos desconcertados dos carcereiros.

Uma das demandas desta mobilização era o fim do isolamento absoluto de 24h, aplicado sob o pretexto de quarentena. Após passarem por um teste PCR, na terça (dia 15 de junho), eles foram informados que todos os testes haviam dado negativo para COVID-19, o que permitiu romper com o isolamento total e começar nesse mesmo dia com saídas ao pátio, mas ainda sem a possibilidade de ter visitas de seus advogados, o que será possível somente a partir do dia 22 deste mês.

É importante reiterar que os presos trasladados foram colocados em dois módulos diferentes: os que saíram do C.A.S. no módulo 1 e os que saíram da Seção de Segurança Máxima no módulo 2.
O regime de segurança máxima na prisão de Rancagua prevê só 1h de pátio e era o regime que se buscava aplicar aos presos transferidos para o módulo 2. Como consequência da mobilização, se conseguiu acessar a 3h seguidas de pátio, o qual deve ser visto como um avanço na luta realizada.Os presos deste módulo depuseram a greve na última terça-feira, mas continuam mobilizados.

Os mais de 20 presos do módulo 1, entre eles Marcelo Villaroel, Juan Aliste, Juan Flores e Joaquín García, continuam em greve de fome e mobilizados contra as medidas do regime interno, particularmente a entrega de encomenda (que segue respondendo ao precário sistema desta prisão/empresa) e para ter maior acesso e movimentação entre o pátio e as celas. Estão no pátio das 9h as 17h, sem possibilidade de acessar suas celas durante esse período.
Para ambos os módulos, o regime de ligações, comunicações e visitas segue sem ser resolvido.

Ante a digna luta que os companheiros encarcerados estão realizando, a solidariedade anticarcerária fora dos muros deve seguir presente, ativa e sempre combativa!

isolamento é tortura!
solidariedade com os presos mobilizados e em greve de fome!
abaixo o muro das prisões!

 

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