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SITUAÇÃO DE MÓNICA CABALLERO HÁ 39 DIAS DO INÍCIO DA GREVE DE FOME

[tradução de informe publicado por Feria Anticarcelaria]

No dia 28 de abril foi realizada a audiência de garantias da companheira Mónica Caballero frente a sua negativa em ser transferida para o Hospital Penintenciário após 38 dias de greve de fome, o que até aquele momento a tinha feito perder mais de 8 kg. Em seu enorme desconhecimento da solidariedade anticarcerária tanto dentro quanto fora das prisões, o tribunal tentou, sem êxito, persuadi-la a depor a greve, argumentando que isso não afeta em nada a sua situação penal.

A audiência foi presidida pela Juíza Magizy, conhecida por seu vício à prisão preventiva e seu histórico de rejeição das garantias mínimas que qualquer pessoa privada de liberdade deveria ter. E não menos importante, seu vínculo matrimonial com um capanga dos carabineiros. Na audiência também estiveram presentes além da advogada de defesa da companheira, o fiscal Orellana, um advogado da gendarmeria e o advogado responsável pela causa de HinSSpeter.

A advogada de Mónica apresentou as razões da oposição ao traslado associadas ao desgaste físico e mental que a greve tem significado, além de um controle diário de pressão e peso que recebe por parte de uma enfermeira na cárcere de San Miguel e a visita semanal de um médico externo que tem avaliado sua situação.

Mais do que o frágil estado de saúde de Mónica, pareceu mais importante para a juíza conhecer o caráter de regularidade ou irregularidade da presença de um médico externo na prisão, oficializando, pela segunda vez, ao diretor do hospital penal sobre a possibilidade de ingresso de um médico que possa assistir de maneira semanal para avaliar e outorgar um informe com seu estado de saúde.

Frente ao desconhecimento do estado de saúde de Mónica por parte do advogado que representa a gendarmeria, a juíza enviará um segundo ofício cujo prazo de resposta é o dia 30 de abril, assinalando, não obstante, que se durante estes dias a gendarmeria solicitar novos exames médicos e traslados, a companheira será obrigada a realizar.

Dado o histórico e a atitude errática e visceral da juíza Magizy e o assédio generalizado axs grevistas, existe a possibilidade certa de que Mónica seja transferida ao hospital penal à força e contra a sua vontade. Em tal situação, já foi previsto um recurso de amparo, mas hoje, mais do que nunca, resulta imperativo continuar ampliando nossa solidariedade à Mónica Cavallero e axs companheirxs que continuam em greve de fome.

A greve de fome continua contra as modificações da lei 321, que estabelece prisões perpétuas encobertas para nossxs companheirxs, como mostra do castigo exemplar por um estado que pretende aniquilar suas vidas e sonhos de Liberdade.

A LIBERDADE FLORESCERÁ DOS ESCOMBROS DAS PRISÕES!!

Há 39 dias do início da greve de fome, nossxs companheirxs resistem gritando ainda mais forte:

PELA REVOGAÇÃO DAS MODIFICAÇÕES NO D.L. 321!!!!
LIBERDADE PARA MARCELO VILLAROEL!!!!
ABAIXO O SISTEMA PENAL E SEUS MUROS!!!!